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Allt eins og blómstrið eina (Tudo como a flor tão só), p. 79-81, 165, 169, 241, 280
Austankaldinn á oss blés (A lestada fria soprou sobre nós), p. 92, 114
Fagurt galaði fuglinn sá (As ovelhas balem na cabana), p. 92, 114
Ísland farsældafrón (Islândia, venturoso torrão), p. 64
Kindur jarma í kofanum (Bonito crocitava a tal ave), p. 92, 114
Marcha do Regimento de Pori (Bjarnaborgarmarsinn), p. 160-161, 309
Ó mín flaskan fríða (Oh minha afável garrafa), p.64
Þú sæla heimsins svalalind (Tu, saciante fonte ditosa do mundo), p. 271
por E. Effi Silva (musicólogo)
Escala: sequência de notas ordenadas por intervalos (distância entre elas) que formam uma progressão entre a primeira nota da escala e a sua repetição uma oitava acima.
Harmônio: instrumento de teclas, semelhante ao órgão, mas dotado de palhetas livres que vibram com o fluxo de ar produzido por fole manual ou pedal. Seu timbre é mais suave e íntimo. Usado sobretudo em igrejas pequenas, casas e escolas, teve ampla difusão no século XIX. Muitos compositores populares e sacros se valeram do harmônio como substituto acessível do órgão.
Intervalo: distância entre dois sons. Pode ser melódico, se os sons forem sucessivos, ou harmônico, se simultâneos. Os intervalos são tratados como “consonância” ou “dissonância”, distinção que pode variar dependendo do período ou do gênero musical. Um intervalo de terça, por exemplo dó-mi, era considerado dissonância na Idade Média, mas a partir do Renascimento já era entendido como consonância.
Órgão: um dos mais antigos e imponentes instrumentos de tecla, associado tradicionalmente à música litúrgica cristã. Seu som é produzido por tubos de diversos tamanhos, por onde o ar é conduzido por mecanismos de foles e teclados.
Orquestra de metais: conjunto formado exclusivamente por instrumentos do naipe de metais como trompetes, trombones, tubas e trompas. Muito utilizada em cerimônias militares e religiosas, e também em bandas sinfônicas civis. Seu som é brilhante e imponente. Ao contrário da orquestra sinfônica, carece de madeiras (flauta, oboe, etc.) e cordas (violino, violoncello, etc.) , o que confere a ela uma sonoridade mais direta e penetrante.
Pífano: pequena flauta transversal feita tradicionalmente de madeira ou bambu. De origem popular, seu som é agudo e penetrante.
Rapsódia (de Liszt): forma musical livre, que reúne diferentes temas — muitas vezes folclóricos ou nacionais. Foi amplamente explorada no século XIX, como em “Rapsódia Húngara” de Liszt. O termo, herdado da poesia grega, sugere um fio narrativo solto, mas expressivo, que permite ao compositor exibir virtuosismo e emoção.
Tercina: Agrupamento de três notas executadas no tempo normalmente reservado a duas.
por E. Effi Silva (musicólogo)
Gade, Niels Wilhelm (1817–1890). Compositor e maestro dinamarquês, figura central do romantismo musical escandinavo. Estreitou laços com Felix Mendelssohn, que o incentivou a compor sua primeira sinfonia — acolhida com entusiasmo em Leipzig. Em sua música, buscou unir elementos da tradição germânica com um sentimento nacional dinamarquês, que mais tarde influenciaria o compositor Edward Grieg. Dirigiu o Conservatório de Copenhague, formando gerações de músicos nórdicos.
Hartmann, Johan Peter Emilius (1805–1900). Compositor dinamarquês, ativo durante quase todo o século XIX, sendo um elo entre o classicismo tardio e o romantismo escandinavo. Sua obra absorveu influências germânicas, sobretudo de Beethoven e Weber, mas também elementos do folclore nórdico. Compôs para teatro, igreja e sala de concerto. Figura patriarcal na música dinamarquesa, cuja descendência deu origem a uma dinastia musical.
Händel, Georg Friedrich (1685–1759). Compositor alemão, naturalizado inglês. Contemporâneo de Bach, tornou-se célebre por seus oratórios — em especial Messias, que ainda hoje é amplamente executado. Dominou os palcos de Londres com óperas italianas antes de se voltar para formas sacras em inglês. Sua influência atravessa séculos, de Mozart a Elgar.
Liszt, Franz (1811–1886). Compositor e pianista húngaro, expoente do virtuosismo romântico. Revolucionou a técnica pianística, compondo peças de imensa dificuldade, como as Rapsódias Húngaras. Visionário, antecipou linguagens do século XX.
Lumbye, Hans Christian (1810–1874). Compositor dinamarquês, conhecido como “o Strauss do Norte”. Suas polcas, galopes e valsas animaram os salões e parques de Copenhague, especialmente o Tivoli, onde atuou como regente da orquestra. Cultivou um estilo leve e encantador, com influências vienenses. Sua música é exemplo do gosto burguês da época e ainda hoje é executada em concertos festivos na Dinamarca.
Mozart, Wolfgang Amadeus (1756–1791). Compositor austríaco, um dos nomes mais reverenciados da história da música ocidental. Dominou todos os gêneros de sua época: sinfonia, ópera, música de câmara, concerto, música sacra. Sua obra combina clareza formal, invenção melódica e profundo senso dramático. Desde menino prodígio até sua morte prematura aos 35 anos, sua produção revela uma mente musical rara, que moldou os contornos do classicismo vienense.
Rossini, Gioachino (1792–1868). Compositor italiano, mestre do bel canto e autor de óperas célebres, como O Barbeiro de Sevilha e Guillaume Tell. Sua escrita vocal exige agilidade e brilho, enquanto sua orquestração é engenhosa e espirituosa. Abandonou precocemente a ópera e viveu em reclusão, compondo obras sacras e pequenas peças. Foi referência para Verdi, que o considerava “o maior de todos nós”.
Schubert, Franz (1797–1828). Compositor austríaco, cuja música transita entre o classicismo e o romantismo. Conhecido sobretudo por seus Lieder (canções), como Erlkönig e Die Forelle, fundiu poesia e música de modo inovador. Compôs ainda sinfonias, música de câmara e peças para piano. Sua “Sinfonia Inacabada” é exemplo de lirismo e melancolia. Morreu jovem, deixando vasto legado que influenciaria Schumann, Brahms e Mahler.
Schumann, Robert (1810–1856). Compositor, figura central do romantismo musical. Escreveu ciclos de canções, peças para piano e sinfonias. Casado com a pianista Clara Wieck, viveu entre a genialidade e o tormento psíquico. Morreu em sanatório, após anos de sofrimento mental.
Wenzel, Hermann. Compositor e maestro menos conhecido, ativo na segunda metade do século XIX. Seus registros são escassos, o que dificulta uma apreciação sistemática de sua obra. É possível que tenha atuado em círculos regionais ou como regente de conjuntos menores. Quando mencionado, aparece em contextos pedagógicos ou repertórios locais, o que sugere influência limitada, porém significativa em nichos específicos de sua época.
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